MISSÃO

MISSÃO: Promover o desenvolvimento da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental/Séries-Anos Iniciais, Educação Especial e Educação de Jovens e Adultos) para atender a demanda do município de Marechal Cândido Rondon, adequando as políticas públicas da educação à realidade local, assegurando o acesso, a permanência e a promoção do aluno na escola e implementando políticas de capacitação e valorização do profissional da educação.

Olimpíada de Língua Portuguesa

Momento em que a Comissão Julgadora repassa os textos selecionados
à Coordenadora Municipal Gladis Mathilde Allebrandt

Classificados os alunos da etapa municipal na Olimpíada de Língua Portuguesa


Tendo como tema “O lugar onde vive”, a Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro teve início após o cadastramento do município de Marechal Cândido Rondon e dos professores interessados em desenvolver a proposta com os alunos. Para tanto, o concurso englobou as categorias poesia, crônica, artigo de opinião e memórias.
A responsável pela olimpíada, Gladis Mathilde Allebrandt, explica que com a Olimpíada de Língua Portuguesa é possível fazer da escrita na escola algo forte, interessante e tão intenso que possibilite os alunos e professores de pensar em mundos transformados pela força da palavra escrita. Os textos selecionados na 1ª etapa municipal do concurso foram encaminhados para a seletiva estadual sendo quatro textos suplentes para cada categoria.
A comissão julgadora municipal, composta pelas professoras Janete Coimbra, Marlice Rockenbach e Marta Salete Bendo, selecionou os seguintes textos:

Categoria: Memórias Literárias
Aluno: Daniel Airton Kamphorst
Professora: Reni Ringenberg
Escola: Escola Estadual de Porto Mendes

A colonização do oeste do paraná

Quando cheguei a Porto Mendes, junto com meu pai, minha mãe e meus 10 irmãos, 7 meninos e 3 meninas, comecei a vida com muita força de vontade, auxiliando o pai na derrubada do mato, onde mais tarde passaríamos a morar.
Depois de muito sacrifício, conseguimos construir a nossa humilde casa, ainda com folha de coqueiro e bem simplezinha.
Fomos pioneiros na região, que se localiza às margens do Rio Paraná e que faz fronteira com o Paraguai.
Sendo o filho mais velho, tinha que ajudar o pai no sustento da família. A vida era difícil naquele tempo, pois tínhamos apenas um carro de boi e uma bicicleta como meio de transporte, nos quais meu pai levava a mim e meu irmão para a pescaria às margens do Rio Paraná, nas horas vagas. Como o rio tinha fortes correntezas e era muito fundo, ele fazia 2 buracos no chão onde devíamos sentar para não haver risco de cairmos na água.
O sustento da família, durante a semana, era a base de mandioca, peixe e carne de charque, ou seja, carne defumada de animais selvagens que caçavamos durante os finais de semana.
Com o surgimento da Madereira Maripá, no oeste do Paraná, surgiu também a necessidade de construir a estrada de ferro e também um porto, onde os navios vindos do Paraguai e Argentina pudessem carregar a madeira e a erva mate, economia da época.
Essa ideia foi levada a sério. Onde antes só havia mato, passou a ter um porto, denominado Mendes Gonçalves e teve ainda uma estrada de ferro que ligava Guaíra à Porto Mendes.
Depois de muito tempo se espalhou o boato de que haveria a construção de uma barragem que aumentaria o nível do Rio Paraná e que tudo próximo inundaria.
Passou o tempo e iniciou-se realmente a construção da barragem de Itaipu e surpreendentemente o nível do rio começou a subir e todos que ali habitavam tiveram que sair o mais rápido possível, indenizados pela Itaipu.
Alguns não acreditavam e insistiam em ficar no local, mas tiveram que sair. A Itaipu comprou as terras que ficavam às margens do rio, indenizando proprietários que ali moravam.
Toda aquela riqueza vegetal e animal que ali se escondia ficou debaixo da água que inundou também sonhos e projetos de quem ali morava.
Assim modificou-se Porto Mendes, distrito de Marechal Cândido Rondon, onde permanecemos mesmo após a formação do lago.
Aqui eu vivo até hoje, com orgulho e satisfação por ter feito parte da história da colonização.
Essa história aconteceu, há muitos anos atrás, com o meu avô Nerceu Kamphorst.

Categoria: Artigo de Opinião
Aluna: Mariane Krause
Professora: Doris Regina Mieth Dal Magro
Escola: Colégio Estadual Professor Nilson Franceski

Itaipu - Promovendo a integração dos países através de projetos ambientais

A Itaipu, usina hidrelétrica localizada em Foz do Iguaçu, no Rio Paraná, região fronteira com o Paraguai, vem contribuindo para o desenvolvimento dos municípios lindeiros através de ações que chegam a seus moradores.
Com a construção da hidrelétrica, formaram-se muitas praias artificiais, entre elas a de Porto Mendes – município de Marechal Cândido Rondon. As praias oferecem opções de lazer e descanso aos turistas, além de contribuir para o desenvolvimento dos municípios em que se situam. Outra vantagem que Itaipu trouxe foi a intensa atividade turística na região de Foz do Iguaçu.
Os moradores dos municípios lindeiros, principalmente os que residem no campo, podem contar com o apoio da Itaipu no que diz respeito à analise e conservação do solo, com o intuito de fazer da agricultura uma atividade rentável aos agricultores. Outro grande auxílio que Itaipu proporciona é o pagamento de royaltes, que são investidos na infraestrutura das cidades ribeirinhas.
Itaipu tem proporcionado inúmeros benefícios, mas o maior feito é o programa Cultivando Água Boa, que visa a recuperação da mata ciliar em todos os rios e córregos que formam a Bacia Hidrográfica do Paraná III. A grande novidade que traz mais uma oportunidade de integração é levar esse projeto aos municípios paraguaios, com o intuito de compartilhar as vantagens já sentidas aqui no Paraná.
Os profissionais ambientais brasileiros e paraguaios reuniram – se no 1º Encontro Binacional para a Sustentabilidade Territorial da Área de Influência de Itaipu. Segundo o coordenador do Cultivando Água Boa, Odacir Fiorentin, já foi criado um grupo de trabalho e será marcado um novo encontro. Ele afirma: “Muitas de nossas boas práticas podem ser reaplicadas nos municípios paraguaios”.
Essa aliança entre paraguaios e brasileiros por uma causa tão importante para o meio ambiente pode fazer com que outros países unam-se a favor dessa causa e criem programas de preservação ambiental. Devemos lembrar de que sozinhos não fazemos nada, são necessárias alianças para que possamos trabalhar juntos pelas causas ambientais.

Categoria: Poema
Aluno: Jairo Watthier Ragazon
Professora: Sueli Lucia Fritzen
Escola: Escola Estadual de Novo Três Passos

Sanguinha

Sanguinha, minha sanguinha
Onde você nasce
E por que és tão pequenina?

Sanguinha, minha sanguinha
Que passa lá em casa
Tão nobre e sozinha
Que corre . . . corre. . . corre...
Até virar cachoeira.

Cachoeira que vira um córrego
Que se emenda com o rio
Que é onde o pescador
Retira seu alimento
Para sobreviver no seu dia.

Sanguinha, minha sanguinha
Que o nosso açude encheu
Onde saltitam e nadam
Lambaris, tilápias e pacus.

Muito obrigado, sanguinha
Por molhar o nosso chão
E regar nossas plantas
Que retribuem
Com os frutos da terra.

Categoria: Poema
Aluno: Natália Luiza Zanella
Professora: Andreia Jaqueline Bach
Escola: Escola Municipal São João Batista

A escola especial

Nesta escola tão magnífica
Bate um vento muito bom
As árvores se balançando
Cada uma em seu tom.

Com um bosque tão lindo
E as crianças brincando
Eu vou embora sorrindo
De felicidade cantando.

Em cada sala mil ideias
Os pensamentos a todo vapor
É a alegria da infância
Neste lugar encantador.

Categoria: Crônica
Aluno: Gabriela Camila Krombauer
Professora: Roselita Beatriz Laismann Lang
Escola: Colégio Estadual Antonio Maximiliano Ceretta

Minha terra, um lugar encantado

Uma típica tarde de sábado, quente, o termômetro marcava quase 32ºC. Eu estava sentada em uma mesa de uma sorveteria no centro da cidade tomando um delicioso sorvete de limão. Paguei a conta e sai caminhando para ver as vitrines das lojas e observar o movimento.
Passando pela praça Willy Barth pude perceber a felicidade de dois menininhos chutando uma bola velha, murcha e suja. Olhei em direção a uma árvore e vi um casal de passarinhos que cantavam alegres em seu pequeno ninho feito de palha e gravetos. Olhei para um banco da praça onde um casal de namorados trocavam beijos e abraços, ouvi risos e gritos que vinham do parque da praça onde vi mulheres brincando e se divertindo com os filhos.
Escutei um grito entusiasmado.
-Truco! Vinha de um grupo de idosos que se divertia jogando truco do outro lado da rua, em um barzinho.
Observando percebi que nunca tinha reparado em minha cidade, nas pessoas que moravam ao meu redor e que não imaginava que uma única rua pudesse abrigar tantas pessoas com jeitos tão diferentes.
Uma pequena cidade que acolhe gaúchos, paulistas, catarinenses, pessoas tão diferentes mas com sonhos tão parecidos. Com modos de vida tão diferentes, mas que com sua alegria fazem do lugar onde vivo, uma cidade boa de se viver.
São 50 anos de história, conquista e determinação que fazem dessa terra um lugar encantado, com pessoas de crenças, moradia, famílias e empregos dos mais variados. Um lugar onde não há preconceito, onde as crianças brincam na rua sem nenhuma preocupação, um lugar que mesmo pequeno ocupa um grande espaço no meu coração.
Continuei caminhando, porém, agora pensando no meu futuro, da minha família e da minha querida cidade. Sonhando em tornar-se uma cronista famosa e ter minhas crônicas publicadas em jornais e revistas para todos os tipos de leitores, em ver esta pequena cidade tornar-se um lugar ainda melhor de viver, em sentar – me na varanda, abrir o jornal e ver minha crônica publicada , aquela que foi dedicada a minha linda cidade, a primeira crônica de muitas que estarão por vir. Nela escreverei com orgulho e satisfação que está é a terra onde nasci.
Terra de brancos, negros, mulatos, terra do chimarrão, da feijoada, terra de professores modelos, agricultores, atletas.
A minha terra, o lugar onde eu vivo!

Fonte: http://www.mcr.pr.gov.br/noticias/478